Como se escreve COVID-19?

Como se escreve COVID-19? A pandemia de coronavírus foi decretada, no Brasil, em março de 2020, mas ainda não teve fim. Muitos textos foram produzidos nessa época ou fazem menção a ela. Porém, surge a dúvida sobre como se escreve o nome da doença: letras maiúsculas, letras minúsculas ou só a inicial maiúscula?

Nesse texto, vamos te explicar porque há duas formas possíveis: COVID-19 e covid-19. Na fala, as duas pronúncias são iguais e o número 19, como você já deve saber, indica o ano em que a doença foi registrada (2019).

Assim como já explicamos em outros textos aqui do blog, as duas formas estão gramaticalmente corretas! Porém, antes de optar por uma delas, entenda quando cada uma delas faz sentido e em qual contexto deve ser usada. Assim, você vai conseguir se comunicar de forma eficiente e autônoma, passando a mensagem que deseja.

COVID-19, covid-19 ou Covid-19?

A primeira opção, COVID-19, traz todas as letras maiúsculas, pois diz respeito ao acrônimo do inglês coronavirus disease. Como essa grafia vem da palavra em inglês, ela não segue as regras da língua portuguesa para uso das siglas, que já explicamos em outro texto do blog, e mantém todas as letras em caixa alta.

Por outro lado, usa-se com bastante frequência a palavra Covid-19. Das três grafias possíveis, essa é a única que está incorreta, segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Essa grafia está incorreta, pois o nome da doença (covid) é um nome comum e deve ser grafado com inicial minúscula, assim como ocorre em dengue, malária, gripe…

Portanto, das três opções disponíveis, já podemos eliminar aquela que está incorreta em língua portuguesa: Covid-19, com a inicial maiúscula. ❌

Afinal, qual é o correto: COVID-19 ou covid-19?

As duas formas estão corretas, conforme explicamos acima, pois a primeira remete ao acrônimo em inglês (COVID-19) e a segunda traz o nome comum de uma doença (covid-19). Assim, fica a seu critério optar por uma delas.

O importante é que, em seu texto, você siga o mesmo padrão em todas as ocorrências. Ou seja, se começar o texto com COVID-19, mantenha essa grafia até o final.

QUEM ESCREVE?

Fernanda Massi é Mestra e Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela UNESP/Araraquara. Ela é também Pós-doutora em Linguística Aplicada pela UNICAMP. Foi professora de Leitura e Produção de Textos na UNESP/Araraquara e na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Nesse período, orientou trabalhos de conclusão de curso (TCC) e de iniciação científica. Fernanda trabalha com revisão de texto desde o início da sua graduação em Letras (2004) e é também a responsável pela equipe de revisão da Letraria.

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