Seção ou sessão?

Seção ou sessão: como se escreve? Na fala, as duas pronúncias são iguais, mas na grafia e no significado, elas são diferentes. Vejamos o porquê.

Assim como já explicamos em outros textos aqui do blog, as duas formas estão gramaticalmente corretas! Porém, antes de optar por uma delas, entenda em qual contexto usá-las. Assim, você vai poder se comunicar de forma eficiente e autônoma, passando a mensagem que deseja.

A palavra seção, com “ç”, é sinônimo de “porção” (também com ç), de “segmento”. Ou seja, ela se refere a uma divisão, seja de livro, de texto, de prédio…

Por outro lado, usa-se com bastante frequência a palavra sessão, que indica uma divisão de tempo! Para memorizar, podemos lembrar dos filmes que assistíamos na televisão, na famosa “sessão da tarde”.

Vejamos alguns exemplos

Por favor, em que andar fica a seção técnica de materiais?
Minha tese está dividida em quatro seções, conforme as análises feitas.

Na sessão de ontem, minha terapeuta disse que eu sou muito inteligente.
Declaramos encerrada essa sessão! A próxima sessão será realizada na quinta-feira.

 

A sessão de hoje será realizada às 15h, na seção de fisioterapia avançada do bloco B.

Afinal, qual é o correto: SEÇÃO ou SESSÃO?

As noções de certo e errado podem ser relativas na língua portuguesa, pois é preciso considerar a mensagem que se quer passar. Se o sentido pretendido for o de espaço, a palavra gramaticalmente correta é SEÇÃO. Porém, se o objetivo for falar de tempo, o certo é se usar SESSÃO.

Assim, espero que agora você saiba como se escreve: SEÇÃO ou SESSÃO? 😉

QUEM ESCREVE?

Fernanda Massi é Mestra e Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela Unesp/Araraquara. Ela é também Pós-Doutora em Linguística Aplicada pela UNICAMP. Foi professora de Leitura e Produção de Textos na Unesp/Araraquara e na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Nesse período, orientou trabalhos de conclusão de curso (TCC) e de iniciação científica. Fernanda trabalha com revisão de texto desde o início da sua graduação em Letras (2004) e é também a responsável pelas revisões da Letraria.

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