Especifique!

A ABNT define “palavra-chave” como “Palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida, preferentemente, em vocabulário controlado”. Logo, as palavras-chave devem trazer uma ideia clara e específica do conteúdo do seu artigo. Sendo assim, você não deve usar palavras muito genéricas ou abrangentes.

Por exemplo, se o seu artigo trata dos “efeitos da creatina no rendimento de atletas profissionais“, creatina é um termo mais apropriado e específico do que suplementos. Isso porque ele delimita que se trata de um suplemento específico. Da mesma maneira, atletas profissionais, apesar de ter duas palavras, é um termo mais representativo e específico do que atletas, que pode incluir amadores ou profissionais.

Use sempre as mesmas palavras-chave!

Se você já publicou outro artigo sobre o tema, você pode repetir as palavras usadas. Ao contrário do que parece, isso não é um problema, pois você está aprimorando a mesma pesquisa. Porém, se alguns termos não fazem sentido no artigo atual, troque as palavras-chave.

Pense que a “palavra-chave” é uma palavra que funciona como uma chave para a compreensão do sentido da sua pesquisa. Ou seja, a chave é específica e única: só aquela chave abre aquela porta!

Quantas palavras-chave você pode usar?

A ABNT recomenda de 3 a 5 palavras-chave para os artigos científicos. Porém, a palavra-chave pode ser composta por mais de uma palavra, como os exemplos que demos acima. Isso também ajuda a especificar o conteúdo do trabalho. Vale lembrar que você precisa consultar as diretrizes de publicação da revista para a qual está enviando seu artigo.

Como formatar as palavras-chave do seu artigo?

As palavras-chave aparecem logo abaixo do resumo, depois da expressão “Palavras-chave:”. Elas são grafadas com inicial minúscula (com exceção dos substantivos próprios e nomes científicos), separadas por ponto e vírgula e finalizadas por ponto. Tem um texto aqui no blog sobre o uso da letra maiúscula.

QUEM ESCREVE?

Fernanda Massi é Mestra e Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela UNESP/Araraquara. Ela é também Pós-doutora em Linguística Aplicada pela UNICAMP. Foi professora de Leitura e Produção de Textos na UNESP e na UFSCar.  Nesse período, orientou TCC e iniciação científica. Fernanda trabalha com revisão de texto desde o início da sua graduação em Letras (2004). Hoje, ela é a responsável pelas revisões da Letraria.